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quinta-feira, 27 de maio de 2010


Grife carioca Farm é uma das que mais vendem por m² no Shopping Iguatemi





Kátia Barros

A estilista que, com suas roupas descontraídas e multicoloridas, veste as meninas do Rio do século XXI, está por trás de um dos cases mais bem-sucedidos da moda brasileira: a Farm, a marca que exporta o lifestyle carioca pro Brasil e pro mundo.

 Consultora de ciências contábeis, Kátia começou no mundo da moda em 1996, com uma franquia de marca conhecida, a Mercearia, que tem uma linha mais college. “No Rio, a loja não dava certo. Estávamos investindo todo nosso patrimônio – três carros e dois apartamentos – e não víamos resultado”, conta Kátia, que começou a criar algumas peças para vender na loja. “Minhas roupas eram sucesso de venda, então desisti da franquia e abri um estande na Babilônia Feira Hyppe, no Jockey do Rio.” A feira, que equivale ao Mercado Mundo Mix de São Paulo, foi o trampolim para a primeira loja da Farm.



Kátia Barros é a típica carioca. Criada no Posto 6, adora ir à praia, correr na Lagoa, tomar um chopinho e curtir a badalação da Lapa. Sua moda espelha o estilo das garotas de Ipanema, Leblon, Arpoador, Copacabana – como ela. Não por acaso, em dez anos a Farm virou uma das grifes preferidas das meninas do Rio. "Busco uma roupa colorida, alto-astral, descolada", descreve a estilista. "E disfarçadamente produzida, como são as cariocas." A bem-sucedida trajetória começou há dez anos, em um apertado estande de 4 metros quadrados na 1'Babilônia Feira Hype, que lançou várias grifes de sucesso. Seus vestidos, shorts e camisetas multicoloridos arrebataram uma clientela jovem que levava para casa 1 200 peças por fim de semana. "Vi que estava no caminho certo", conta.

Kátia, que havia cursado ciências contábeis, deixou para trás a carreira como auditora em uma grande empresa e abriu a primeira loja em 1999, em Copacabana. A grife que virou xodó das cariocas já tem dezesseis pontos no Rio, em Niterói, Búzios, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Goiânia. "Cada passo é bem pensado, sem perder o foco no estilo de vida daqui." O mais ousado deles foi quando ela e o sócio, o administrador Marcello Bastos, abriram uma megaloja de 300 metros quadrados em Ipanema. Além de roupas descontraídas, a grife tem linhas de praia, festa e casa.
Marca de sucesso no Rio, mas pouco conhecida pelos paulistanos quando desembarcou em São Paulo, no Shopping Iguatemi, nos Jardins, zona sul, mas passados pouco mais de dois anos, ela virou uma forte concorrente para grifes veteranas no pedaço. Hoje, está entre as lojas de confecção feminina que mais vende por metro quadrado no Iguatemi. Disputa o primeiro lugar com concorrentes de fôlego como Les Lis Blanc. “Fiquei com um medo quando recebi o convite de vir para São Paulo, mas era a oportunidade que sempre sonhei”, diz a Kátia Barros.

A marca tem 22 lojas espalhadas pelo Brasil, emprega 680 funcionários, incluindo 22 estilistas, que produzem 500 mil peças por coleção. “Vendemos mais em outros Estados do que no Rio”, conta Bastos. Isso porque na cidade onde a grife nasceu, o estilo praiano que chama a atenção em São Paulo não é novidade por lá. “No Rio, a concorrência é mais forte. Em São Paulo temos apenas dez grandes marcas cariocas que disputam com a Farm, entre elas, a LeeLoo, a Cantão e a Espaço Fashion.” Outro atrativo é o preço. O minivestido da marca sai por volta de R$ 200, menos que a metade de um equivalente feito por uma grife paulistana de peso. Tem um inconveniente: aqui a Farm cobra 15% mais caro pelas suas roupas que no Rio.


Alto verão 2010





Fonte: Veja Brasil, comunidade de moda
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